Thyssenkrupp: Sindicato e trabalhadores reivindicam diálogo em torno da jornada de trabalho
Na tarde desta quinta-feira (12) os sindicalistas marcaram presença na Thyssenkrupp, em Campo Limpo Paulista, e realizaram um ato de conscientização com os trabalhadores. O objetivo da ação foi reivindicar a abertura de um diálogo sobre o modelo de jornada de trabalho com turnos fixos, que a multinacional apresentou na semana passada e tem a intenção de aplicar em breve. A nova lei trabalhista prevê que a empresa pode realizar as alterações que lhe forem cabíveis.
Sindicato e trabalhadores demonstraram insatisfação com a proposta da empresa, já que a Thyssenkrupp atua há mais de 30 anos com jornada de três turnos revezados. Por essa razão, Sindicato busca pressionar a multinacional, por meio de mobilização conjunta e contínua, para um diálogo aberto que contemple também o ponto de vista dos trabalhadores.
“Os companheiros estão há muito tempo trabalhando no modelo de jornada atual, já estão adaptados. Uma troca repentina e que afetará no modo de vida dos companheiros é muito prejudicial. Por essa razão, esperamos que a empresa ouça a nossa reivindicação para que possamos garantir equilíbrio na pauta”, declarou o diretor sindical, Wilson Ribeiro (Med).
Para o diretor de base, Ricardo Zanini (Sujinho), a união dos trabalhadores será o fator que poderá fazer a diferença. “A empresa está atuando de acordo com a lei, o que podemos fazer neste momento é aderir a mobilização para projetar um avanço. O nosso Sindicato sempre alertou sobre a reforma trabalhista, e mesmo ela sendo aprovada e nos atingindo aqui na Thyssenkrupp, nós continuaremos lutando ao lado dos trabalhadores”, declarou Sujinho, acompanhado dos colegas de base Admilson Nascimento, Admilson Batagin, Wellington José Matias de Oliveira (Ceará), Roberto de Souza (Coxinha) e Emerson Luiz Machado (Macarrão).
Os sindicalistas também alertaram os trabalhadores sobre os boatos em torno do tema que surgiram nos últimos dias dentro da empresa. Companheiros informaram que alguns líderes disseram que o acordo de mudança na jornada já havia passado pela avaliação do Sindicato, boato que foi desmentido pelo presidente da entidade, Eliseu Silva Costa. “Nós somos um sindicato sério e exemplar. O acordo não passou pela nossa avaliação, nada foi aprovado. Nós só assinaremos um acordo após a apreciação de todos os companheiros”, disse o presidente ao lado do diretor sindical, Luís Carlos de Oliveira (Lú).
O presidente também informou que está sendo feito um estudo sobre jornada de trabalho em pareceria com o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). A intenção é apresentar os impactos que a mudança poderá provocar e propor um formato alternativo no qual o trabalhador não seja prejudicado. Além disso, Eliseu também propôs a criação de uma “caixinha de sugestões” para que os companheiros possam opinar e propor ideias.