Ministro diz que rebaixamento não muda trajetória de recuperação da economia
O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, disse na noite de quinta-feira (9) que a perda do grau de investimento do Brasil não muda a trajetória de recuperação da economia brasileira.
O anúncio foi feito em coletiva no Palácio do Planalto, após a agência de classificação de riscos Standard & Poor’s divulgar que reduziu a nota de crédito do Brasil de BB+ para BBB-, retirando do país o selo de bom pagador.
De acordo com o ministro, o governo continua a honrar todos os compromissos e contratos e seguirá trabalhando para conter gastos e recuperar receitas.
“As pessoas podem ficar tranquilas que isso é apenas uma avaliação de uma agência de risco, que é importante. Trabalhamos para manter sempre a melhor avaliação por parte do mercado e de todos os agentes da economia.”
O ministro disse ainda que o governo brasileiro tem “todos os instrumentos” para resolver a situação fiscal, mas que isso depende de medidas legislativas e de um esforço conjunto.
“Cabe ao Executivo propor medidas. Várias delas têm de tramitar no Congresso Nacional. Temos de respeitar o rito democrático de aplicação de medidas fiscais.”
Barbosa não descartou novas medidas, mas ressaltou que as atuais estão sendo implementadas na “velocidade necessária, possível e permitida pelos cenários econà´mico e político.”
“Estamos construindo as medidas necessárias para recuperação fiscal e do crescimento. Uma economia continental como a do Brasil, de 204 milhões de habitantes, que é a sétima economia do mundo, leva certo tempo para responder à s medidas. Mas elas estão em operação. Novas medidas, se necessárias, serão adotadas”, disse.
Mais tarde, em entrevista à Rede Globo, Barbosa comentou que não houve falha do governo. “Existe um problema difícil e um problema que só vai ser vencido se as pessoas olharem com responsabilidade”.
E completou: “O país tem maturidade e demonstrou várias vezes que consegue superar desafios. Vamos voltar ao nosso lugar, entre os melhores”, afirmou.
(Com Agência Brasil)
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