Intersindical de olho nas pautas-bomba e Plano Diretor

Na reunião da Intersindical realizada nesta sexta-feira (20), na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, representantes de diversos sindicatos organizaram as ações que serão necessárias para defender dois pontos considerados essenciais para os trabalhadores: a luta pela manutenção dos direitos conquistados e a pressão para a aprovação na Câmara Municipal do Plano Diretor Participativo.

Segundo Eliseu Silva Costa, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, é preciso organização dos trabalhadores para pressionar o parlamento nacional, Câmara dos Deputados e Senado, mas também a pressão local sobre a Câmara dos Vereadores, que discute a aprovação do novo Plano Diretor, construído com a participação ampla da sociedade.

De acordo com dados do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), existem 55 matérias tramitando no Congresso Nacional que ameaçam a democracia e os direitos conquistados ao longo da nossa história.

Veja a reportagem completa no Metebronca, site do Sindicato dos Metalúrgicos.

“Temos que lutar por nossos direitos, duramente conquistados em anos e anos de lutas. E para isso temos que nos organizar, pressionar e defender o que é nosso”, disse Eliseu.

O Sindicato dos Bancários organiza na próxima terça-feira, dia 24, à s 19 horas, a palestra “Pauta-Bomba: o ataque aos direitos trabalhistas, e no dia seguinte, será feita uma grande manifestação na Câmara Municipal, quando acontece a audiência pública para discussão do novo Plano Diretor (veja detalhes no final do texto).

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO

O delegado do Plano Diretor, Gustavo Diniz (foto), esteve na sede do Sindicato para falar a respeito das ações necessárias para que o Plano seja aprovado na Câmara Municipal.

Segundo ele, a organizar uma ação como esta é a possibilidade dos sindicatos, dos trabalhadores demonstrarem força nas políticas públicas da cidade.

“Neste momento difícil, devemos ter discurso, devemos ser representativos das nossas categorias também nos assuntos de cidadania. Esse Plano Diretor é nosso, teve a participação das entidades sindicais; teve a participação direta dos morados, maioria de trabalhadores”, disse ele.

Diniz detalhou os pontos mais importantes do Plano e que afetam a vida dos trabalhadores, principalmente:

1. Proteção da água ”“ preservação da nossa zona rural, das nossas nascentes, da nossa qualidade de vida pela consequência disso no clima, e na autosufissiência alimentar na produção de alimentos;

2. Sem água não há desenvolvimento, não existem empresas, não tem emprego.

3. Habitação popular: uma cidade com qualidade de vida tem terras caras. Somente com políticas públicas é possível habitação popular. Do contrário, vamos continuar expulsando nossos trabalhadores de Jundiaí.

4. Proteção dos bairros para garantir qualidade de vida, evitando a verticalização e o uso danoso em seus miolos;

5. Uso das ferramentas do Estatuto da Cidade para equilibrar a cidade, fazer justiça urbana com a função social da propriedade; quem tem dinheiro para investir na cidade, deve contribuir com sua melhoria, não basta querer explorar!

6. Incentivo ao desenvolvimento da cidade de forma concentrada, para usufruir das estruturas existentes e diminuir os deslocamentos e as carências de equipamentos públicos: escolas, creches, postos de

O secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos, Natanael Onofre Matias (Caé), lembrou que neste novo Plano Diretor, os trabalhadores conseguiram um importante avanço: criar o Conselho Municipal de Políticas Territoriais, onde os sindicatos também tem cadeiras, onde os bairros, onde mora nossa base, também terão espaço.

Esse Conselho é importante porque vai disciplinar a aplicação de recursos do fundo para políticas de:

1. Habitação popular ( hoje, somente com recursos federais e estaduais),

2. Desenvolvimento Rural (agricultura e mananciais),

3. Desenvolvimento Urbano,

4. Melhoria na Mobilidade de pedestres com a qualificação das calçadas e ciclovias;

5. Acompanhamento da Implantacão do Plano pela sociedade civil.

O presidente do Sindicato, Eliseu Silva Costa ressaltou que falar em política nos dias de hoje, não é uma missão nada fácil, ainda mais diante da pauta bomba que nos espera.

“Assim, uma importante tática do movimento sindical é lutar pelos direitos trabalhistas aliando com direitos pela cidadania local. Ganharemos mais força.

PARTICIPE

Palestra “Pauta-Bomba: o ataque aos direitos trabalhistas

Dia 24 de maio, 19 horas. Salão de Eventos do Criju ”“ Centro de Referência do Idoso

Complexo Argos ”“ Rua José do Patrocínio, 200, Vila Arens ”“ Jundiaí

AUDIàŠNCIA PàšBLICA ”“ Plano Diretor

Dia 25/maio, quarta-feira, à s 19h na Câmara. Concentração (esquenta) no Escadão à s 18h

 

 

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