CAMPANHA SALARIAL 2016: começa a corrida por salários e direitos

Neste domingo (11), o auditório do Sindicato dos Metalúrgico recebeu os trabalhadores da categoria na primeira assembleia da Campanha Salarial 2016. Representantes do Sindicato apresentaram as principais diretrizes e pautas que serão encaminhadas para as primeira rodada de negociações com o sindicato patronal. Seguindo a mesma via de negociação do ano anterior, trabalhadores e Sindicato exigem a reposição da inflação (7,21%) na sua totalidade, além das manutenções das cláusulas sociais.

à€ mesa estavam o presidente da entidade Eliseu Silva Costa, o seu vice, Evandro Oliveira Santos, e os diretores sindicais Eléscio Caldato, Luis Carlos de Oliveira (Lú) e Rose Prado.

Eliseu falou sobre as ações realizadas pelo Sindicato ao lado dos trabalhadores nos dois últimos anos. “Muitas alternativas foram feitas para garantir o emprego dos trabalhadores durante esse período de recessão econà´mica, a redução de jornada foi uma delas. Além disso tivemos uma dura campanha salarial no ano passado, mas graças ao empenho dos trabalhadores, conseguimos garantir a reposição da inflação, bem como a manutenção dos nossos direitos”, disse.

A diretora Rose ressaltou que os metalúrgicos precisam estar mobilizados para garantir melhores salários e enfrentar as reformas promovidas pelo atual governo.”As campanhas nunca foram fáceis, e agora não será diferente. Os trabalhadores precisam conscientizar outros trabalhadores, é momento de união. As mulheres metalúrgicas que, na maioria das vezes possuem jornada dupla de trabalho, também deverão reforçar essa luta salarial e por garantia dos direitos básicos”, declarou.

 

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A diretoria do Sindicato apresentou as as pautas e diretrizes da Campanha Salarial 2016

 

Para Eléscio, é necessário que a classe metalúrgica não abra margem para percas salariais por parte dos patronais e nem para as flexibilizações propostas pelo atual governo. “Se os sindicatos patronais apoiam alterações na CLT, imaginem só em nossos direitos”.  

 

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Trabalhadores da região tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas em relação ao encaminhamento da pauta da Campanha

 

Em sua fala, Evandro alerta que as ameaças aos trabalhadores acontecem em todos os momentos, tanto na esfera municipal quanto na esfera nacional. “Os perigos não estão somente em Brasília, estão por ai frequentemente. Tivemos casos de patrões que pagaram valores abaixo do piso alegando que o trabalhador trabalhou horas a menos, não podemos permitir atitudes desse tipo. Afinal, existe uma legislação sobre isso”, alegou.

Questões envolvendo os descasos políticos também foram abordados durante a assembleia. Para o diretor Luis Carlos, é necessário atrelar a política com as mobilizações da Campanha Salarial. “Nós vemos ministros se aposentando sem limitação de teto, os valores são absurdos. Além disso não se taxam as grandes fortunas, e tudo sobra para o trabalhador”. O diretor lembrou das melhorias obtidas pelos trabalhadores nos últimos anos. “Houve diversas conquistas sindicais que melhoraram a vida do brasileiro, tudo isso aliado aos programas sociais promovidos pelos governos progressistas. Isso tudo gerou crescimento, ou seja, não dá para falar em crescimento econà´mico do país tirando direito dos trabalhadores”.

 

 

 

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