Trabalhadores da Thyssenkrupp aderem à Greve Geral
Os trabalhadores da Thyssenkrupp, em Campo Limpo Paulista, devem paralisar suas atividades nesta sexta-feira (28) em adesão à Greve Geral. Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (27), representantes do Sindicato deram detalhes sobre o ato e também fizeram um balanço sobre a atual conjuntura social, econà´mica, trabalhista e política do país.
Para o diretor do Sindicato, Wilson Ribeiro (Med), que também é membro do Movimento Intersindical Unificado de Jundiaí e Região, os trabalhadores devem ficar atentos e se mobilizarem para não caírem em contradição com as pautas. “Devemos prestar mais atenção nas notícias que a mídia tradicional nos oferece, ela defende apenas os interesses do capital. Mais do que nunca precisamos estar unidos contra todos esses desmonte. Não se trata de defender político, partido ou bandeira, se trata de defender os nossos direitos”, disse.
O texto base da reforma trabalhista foi aprovado na noite de ontem (26) depois de mais de 10 horas de discussões. Ao fim da votação, 296 deputados federais aprovaram a proposta e 177 foram contra. No entendimento do diretor sindical Luis Carlos Oliveira (Lú), o trabalhador se encontrará desamparado e poderá ter prejuízos profundos caso seja demitido. “Com a abertura para negociações diretas, no caso de uma homologação, o trabalhador terá que fazer diretamente com a empresa e não pelo sindicato da categoria. O trabalhador terá que desembolsar uma verba para pagar um advogado para acompanhá-lo”, explicou.
Como em outros atos realizados pelo Sindicato, Lú voltou a criticar a reforma da Previdência. Para ele, caso a proposta seja aprovada, afetará somente os trabalhadores e irá privilegiar congressistas, banqueiros e empresários. “Achamos que as reformas precisam ser feitas, mas não como está sendo colocada. Só o trabalhador está sendo afetado, ninguém comenta sobre as regalias dos deputados, sobre suas aposentadorias. Existem bancos em empresas que estão batendo recordes de lucro e ao mesmo tempo devem para a Previdência, isso ninguém cobra”, ressaltou.
O presidente do Sindicato, Eliseu Silva Costa, fez críticas ao governo. Na visão do sindicalista, a equipe de Michel Temer não está dando a devida transparência para debater as reformas. Silva Costa voltou a ressaltar o apoio a criação da CPI da Previdência. “A maioria dos congressistas são empresários, latifundiários e banqueiros, eles estão defendendo os interesses de uma minoria poderosa. à‰ preciso transparência e dar voz aos movimentos formados por trabalhadores. Recentemente, trouxemos aqui na Thyssenkrupp um documento em apoio à CPI da Previdência que foi assinado por todos os companheiros. Esse documento foi encaminhado para Brasília e já está nas mãos do deputado Paulo Paim, que é um dos poucos que está ao nosso lado”.
A diretoria de base formada por Wellington José Matias de Oliveira (Ceará), Admilson Gomes do Nascimento, Ricardo Zanini, Admilson do Carmo Batagin, Roberto de Souza e Emerson Luiz Machado, também marcaram presença na assembléia.
Mobilização
Em parceria com o Movimento Intersindical Unificado, o Sindicato dos Metalúrgicos realizará diversas ações durante a Greve Geral. Um grande ato será realizado na Praça da Matriz, em Jundiaí, à s 10h.
A mobilização será composta pelos sindicatos dos Alimentícios, Apeoesp, Bancários, Ceramistas, Comércio, Construção Civil, Frentistas, Processamento de Dados, Gráficos, Servidores de Itupeva, Servidores de Jundiaí, SindPrev, Sinpro, Sintra Cargas, Subsede da CUT, Químicos, Rodoviários e Associação dos Aposentados.
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