Foxconn II: trabalhadores aprovam PLR
Em assembleia realizada pelo Sindicato na tarde desta quarta-feira (10), na Foxconn II, em Jundiaí, os trabalhadores aprovaram a proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A remuneração, que terá o mesmo valor aprovado em 2016, será aplicada em duas parcelas: a primeira, no dia 20 de julho, e a segunda, no dia 20 de janeiro.
Segundo a vice-presidente do Sindicato, Rose Prado, as negociações com a Foxconn não foram fáceis. “Foi com muito sacrifício que conseguimos manter o valor do ano anterior”, disse durante a assembleia.
A vice presidente também afirmou que os representantes da empresa alegaram estar sem condições de realizar o pagamento do montante. “No começo eles apresentaram números de outras empresas para justificar as dificuldades, porém nós sabemos que essas empresas pagaram a PLR e deram reajustes aos trabalhadores. No caso da Foxconn, fazem dois anos que não há reajuste. E também não podemos esquecer que cada empresa vive uma realidade”, explicou Rose.
Outros assuntos
Além da PLR, assuntos envolvendo as questões trabalhistas também foram analisados durante a assembleia. A diretora de base, Andréa Barbosa, lembrou das conquistas obtidas pelos trabalhadores da empresa ao longo dos anos. “Aqui nós temos muitas histórias, nós reduzimos a jornada de trabalho, conquistamos a PLR, ganhamos muito com as lutas. E o Sindicato está aqui para isso. Jamais daremos as costas para os trabalhadores”, disse a diretora ao lado dos diretores de base, Leandro Reis, Vanessa Neris e Daniel Silva.
O diretor sindical, Luis Carlos de Oliveira (Lú), falou sobre os impactos da reforma trabalhista nas empresas de eletroeletrà´nicos. “Todos nós sabemos que a Foxconn tem um grande problema envolvendo a rotatividade de trabalhadores, e nós acreditamos que a empresa precisa realocar esses trabalhadores para que possam atuar mais tempo. Com a reforma trabalhista, uma empresa como a Foxconn poderá contratar somente quando precisar, ou seja, a mão de obra será precarizada e os salários serão cortados pela metade em alguns casos”, disse Lú.