Metalúrgicos em Brasília: “O Brasil está unido para que não tirem nenhum direito do trabalhador”

Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí, Várzea e Campo Limpo Paulista participaram nesta quarta-feira (24) do “Ocupa Brasília”, movimento organizado pelas centrais sindicais que reuniu mais de cem mil pessoas em Brasília contra as reformas da previdência e trabalhista, e viram de perto a violência durante as manifestações.

“Todo o Brasil está unido para que não tirem nenhum direito do trabalhador. à‰ preciso que haja uma apuração da realidade da previdência. Se houver necessidade de reforma da Previdência, que seja feita, mas só depois de muita discussão com a sociedade”, disse Eliseu Silva Costa, presidente do Sindicato.

Os manifestantes de todo o país se encontraram no Estádio Mané Garrincha e caminharam até o Palácio do Planalto, com bandeiras e faixas contra as reformas e contra o governo de Michel Temer. “Foi bonito de ver. Jovens, trabalhadores, aposentados, todos juntos por um mesmo ideal”, disse Wilson Ribeiro (Med), diretor do Sindicato.

De acordo com ele, todos protestavam de forma pacífica, quando a confusão iniciou. “Pessoas encapuzadas começaram a pichar e depredar e a polícia veio para cima usando bombas e gás lacrimogêneo. Por conta da violência, ficamos menos tempo do que havíamos planejado, mas optamos pela segurança de todos”, disse Med, diretor do Sindicato.

Durante o confronto entre manifestantes e policiais, muitas pessoas ficaram feridas. De acordo com a Secretaria de Saúde, 45 pessoas deram entrada na rede pública no Distrito Federal. Quatro continuam internadas. 

Durante as manifestações, o presidente Michel Temer decretou o uso das Forças Armadas e nesta quinta-feira (25), em menos de 24 horas, revogou o decreto que autorizava a ação do Exército na Esplanada dos Ministérios.

Os dois à´nibus com representantes do Sindicato que foram à  Brasília chegaram na manhã desta quinta-feira (25) em Jundiaí. “Apesar de tudo, o resultado foi positivo. Mais uma vez, provamos que a união dos trabalhadores dá resultado. Ontem foi mais um dia de luta, estamos fazendo a nossa parte”, avaliou Med.

“Nós queremos um Brasil forte. Não são apenas os deputados e senadores que devem falar por nós. Temos que participar e ser ouvidos”, disse Eliseu.

 

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