Ano novo, a luta se renova
JANEIRO, 2020 – Em 2019, a classe trabalhadora sentiu na pele – e no bolso – as duras consequências de um processo político, econômico e social totalmente desordenado e cheio de equívocos. A reforma trabalhista completou dois anos de vigência sem cumprir sua principal promessa: gerar 2 milhões de empregos.
Atualmente, o desemprego segue assombrando – era de 12,2%, em outubro de 2017, e em outubro de 2019 apontou 11,8%, segundo o IBGE. Houve o aumento nos empregos informais, que na maioria das vezes não garantem o básico. No caso dos empregos formais, foram gerados cerca de 961.267, abaixo do prometido pelo governo Temer. Além disso, a “alta” do emprego formal inclui o trabalho precário e salários menores.
Paralelo a isso, o nosso Sindicato trabalhou com o objetivo de garantir a integridade dos trabalhadores. Ano passado, fizemos assembleias nas empresas reivindicando, informado e dialogando diretamente com os trabalhadores. Durante a Negociação Coletiva, percebi que os metalúrgicos entenderam que estamos sendo alvo de uma série de medidas injustas.
Com a máxima do “menos direitos e mais empregos”, Bolsonaro e Paulo Guedes vem com a tal do contrato de trabalho “Verde e Amarelo” (MP 905), que além de livrar os patrões de recolher tributos, reduz ou retira direitos dos trabalhadores. Imagine você, tendo o seu seguro-desemprego taxado em ao menos 7,5% e sem remuneração extra por ter feito jornadas em dias e horários extraordinários, inclusive aos finais de semana.
Pois é, por conta do nosso histórico de lutas e conquistas, ainda não chegamos neste extremo. Mesmo assim, o Sindicato e os trabalhadores devem estar próximos e mobilizados para mantermos tudo que foi conquistado até aqui. Em um 2020 que se inicia cheio de incertezas, a nossa certeza é que A LUTA CONTINUA.
Eliseu Silva Costa