Ao completar 77 anos, o Sindicato continua firme em sua missão de representar e defender os interesses dos metalúrgicos.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista foi fundado em 28 de maio de 1946, em um período marcado por grandes transformações tanto no cenário mundial quanto nacional.
Surgiu como substituto da Associação dos Metalúrgicos, criada em 1939, e teve como base a organização existente na Companhia Mecânica. Desde então, o sindicato tem desempenhado um papel fundamental na defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores da região.
Localizado em uma região privilegiada, Jundiaí sempre foi um ponto estratégico para a indústria, devido à sua posição como porta de entrada para o interior do país. Com as ferrovias estabelecidas no século XIX para o transporte de café até o porto de Santos, a cidade atraiu várias empresas, incluindo montadoras e multinacionais, que contribuíram para o crescimento do parque industrial e fortaleceram a vocação operária da região.
Ao longo dos anos, o sindicato acompanhou de perto as mudanças no mundo do trabalho metalúrgico. Um marco importante foi a participação ativa dos trabalhadores de Jundiaí na greve dos 300 mil, em 1953. Nesse movimento, mais de 300 mil metalúrgicos, têxteis e gráficos de várias cidades lutavam por reivindicações econômicas, liberdade sindical e em defesa da criação da Petrobras.
Com o golpe militar de 1964, a ditadura militar calou o movimento sindical e impôs restrições aos direitos e conquistas dos trabalhadores. No entanto, mesmo diante dessas adversidades, os trabalhadores de Jundiaí não se renderam. Organizaram-se em entidades e associações nos bairros, como Vila Rami, Ponte São João, Colônia, Vila Arens e outros, mantendo viva a luta pelos direitos trabalhistas.
A resistência dos trabalhadores culminou em uma nova prática sindical, marcada por greves e mobilizações. Nas décadas seguintes, ocorreram inúmeras paralisações na região de Jundiaí, desafiando abertamente o regime militar. Em 1988, foi realizado o Dia do Basta, com grande participação dos metalúrgicos, seguido por avanços significativos na Constituição, como a redução da jornada de trabalho, direito de greve, licença maternidade e abono nas férias.
Na busca pela recuperação de direitos, as greves em Jundiaí foram fundamentais. Os trabalhadores conquistaram reajustes salariais, adicional para eletricistas, fornecimento de uniformes e reintegrações de trabalhadores com doenças ocupacionais. A chapa encabeçada por Eliseu Silva Costa venceu as eleições em 1989, e desde então, ele é o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista.
Além de sua atuação sindical, o Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí tem se empenhado em oferecer uma infraestrutura de qualidade e serviços diversos para seus filiados e a comunidade em geral. Uma das realizações mais significativas nesse sentido foi a inauguração da nova sede em 11 de agosto de 2014. Essa sede ampliada e modernizada tem como objetivo proporcionar opções de serviços, lazer e cultura para todos os moradores da região.
Dentro da sede do sindicato, os trabalhadores encontram uma estrutura completa para atendimento e suporte. O departamento odontológico está disponível para cuidar da saúde bucal dos filiados e seus dependentes. O departamento de medicina do trabalho oferece serviços essenciais, como exames e avaliações ocupacionais, visando garantir a saúde e segurança dos trabalhadores.Outro departamento fundamental é o jurídico, que presta assistência e orientação jurídica aos trabalhadores em questões trabalhistas e sindicais. A presença desse departamento é de suma importância para garantir que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e que haja uma atuação firme na defesa dos interesses da categoria.
Além disso, a Escola do Metalúrgico tem um papel essencial na capacitação e formação profissional dos trabalhadores. Por meio de cursos e treinamentos, o sindicato busca qualificar os metalúrgicos, capacitando-os para as demandas do mercado de trabalho e promovendo o desenvolvimento profissional contínuo.
No que diz respeito ao lazer e entretenimento, o Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí conta com uma infraestrutura de excelência. O destaque vai para o Clube de Campo dos Metalúrgicos, uma área ampla e bem equipada, que oferece opções de lazer para toda a família. Com lagos, ginásio de esportes, campo de futebol, sauna e espaço para crianças, o clube proporciona momentos de diversão e relaxamento para os filiados.
O sindicato possui o Espaço M, um local especialmente projetado para festas e shows, com uma infraestrutura de primeira qualidade na região. O espaço conta com quiosques, piscinas, saunas e outras comodidades, permitindo a realização de eventos e confraternizações em um ambiente agradável e acolhedor.
Ao completar 77 anos de existência neste dia 28 de maio, o Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista continua firme em sua missão de representar e defender os interesses dos trabalhadores metalúrgicos.
Com uma história marcada por lutas e conquistas, o sindicato se mantém atualizado e adaptado às demandas do mundo do trabalho, oferecendo suporte, serviços e espaços de lazer que contribuem para o bem-estar e qualidade de vida dos trabalhadores e seus familiares.