Banco do Brasil vai liberar R$ 3,1 bilhões para setor automotivo
O Banco do Brasil (BB) vai liberar R$ 3,1 bilhões para fornecedores de 26 empresas até o final deste ano. Os recursos estão previstos para dar apoio financeiro e comercial à s cadeias produtivas do setor automotivo e de máquinas agrícolas.
Participaram da assinatura do termo essa semana os diretores do BB e representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e da Federação Nacional das Distribuidoras de Veículos Automotores (Fenabrave).
A partir de convênios específicos, será mais fácil capitalizar os fornecedores, evitando que seja necessário recorrer a linhas de crédito com juros elevados. Para as montadoras e os fabricantes de autopeças, as condições permitem negociar prazos mais vantajosos.
Durante o anúncio, o presidente do Banco do Brasil, Alexandre Corrêa Abreu, considerou desafiadora a atuação de uma instituição financeira na concessão de crédito em um momento de baixa atividade econà´mico.
Segundo ele, o BB estudou a estratégia de forma a não colocar em risco o capital da instituição. “Temos convicção de que a medida não resolve todos os problemas da economia, mas vai minimizar as dificuldades da cadeia automotiva.”
Para o presidente da Anfavea, Luiz Moan, a agilidade do processo de liberação de recursos implicará redução de custos, que poderão ser canalizados para investimentos em produção, e, consequentemente, no impulso à economia. Embora tenha comemorado, o presidente do Sindipeças, Paulo Butori, considerou a medida “tardia”.
Com o mesmo propósito de atingir a retomada do crescimento econà´mico, a Caixa Econà´mica Federal assinou um convênio no último dia 18 com as entidades de classe do setor automotivo, que prevê condições especiais nas linhas de capital de giro e investimento, além de condições diferenciadas em linhas de crédito e outros produtos e serviços do banco.
A instituição vai oferecer linhas de crédito em antecipação de contratos entre fornecedores e a indústria como forma de suprir a necessidade de capital de giro e de investimento.