Centro de Reabilitação ao Trabalhador: sindicalistas e gestores municipais debatem o tema no MPT
Com o objetivo de ampliar o diálogo sobre a criação de um centro de reabilitação ao trabalhador em Jundiaí, representantes do Sindicato e do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) do município, foram até o Ministério Público do Trabalho (MPT), em Campinas, na tarde desta quinta-feira (12).
Recebidos pelo procurador do trabalho, Dr. Marco Aurélio Alves, os representantes apresentaram a possibilidade da constituição de um centro formado por equipes multidisciplinares com o objetivo de contemplar pessoas portadores de doenças e agravos relacionados ao trabalho. A intenção é viabilizar o projeto por meio de uma parceria entre o Sindicato dos Metalúrgicos, a gestão municipal de Jundiaí, SUS, INSS e o próprio MPT, que investiria recursos provenientes de multa trabalhista.
No entendimento de Alves, a proposta é relevante, mas para que o MPT possa colaborar é necessário receber o projeto em um nível mais avançado. “O projeto possui uma relevância inequívoca, porém precisamos de informações sobre quem deverá administrar, sobre questões financeiras e dados específicos para que possamos analisar os processos jurídicos”, explicou.
O sindicalista, Daniel Silva, que integra o Conselho Municipal de Saúde (COMUS), informou os presentes sobre a reunião em que ele participou na Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) de Jundiaí. Silva entende que os diálogos estão sendo essenciais para solidificar a proposta. “Nos reunimos com o gestor da Saúde e tivemos um parecer favorável. Agora nós temos o MPT, que também entendeu a necessidade do projeto. O objetivo é seguir cada uma das recomendações que nos foram passadas e avançar cada vez mais”, disse Silva, acompanhado do advogado do Sindicato, Eraze Sutti, do diretor sindical, Wilson Ribeiro (Med), do membro da Associação do Metalúrgico Aposentado, José Gabriel Silva.
Para o gerente do CEREST, Jesus Carlos dos Santos, o projeto visa facilitar o atendimento ao trabalhador, já que no município o atendimento é descentralizado. “A intenção é oferecer um atendimento centralizado com acompanhamento efetivo do trabalhador até que o mesmo seja, de fato, reabilitado para o mercado de trabalho e não somente para a empresa”, declarou o gerente ao lado do colega de gestão Jair Felício.