Coletivo Metal Mulheres realiza seu 7º encontro no Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul
O Coletivo Metal Mulheres formado por lideranças sindicais de entidades filiadas à Confederação Nacional Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, realizou na sexta-feira, dia 3 seu 7º Encontro na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul.
Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, presidente do sindicato e anfitrião do evento, deu boas-vindas às participantes e apresentou informações sobre ações que o sindicato já realiza, com destaque para cláusula do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) negociado junto à General Motors, que assegura à mulher vítima de violência doméstica o seu afastamento do trabalho por até 15 dias sem prejuízo ao salário.
Os temas abordados versaram sobre a saúde da mulher, família, empoderamento feminino, direitos e questões de gênero no âmbito das relações de trabalho.
Mônica Veloso, diretora executiva do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, vice-presidente da CNTM e uma das articuladoras do coletivo, deixou evidente em diversos momentos durante o evento que o Metal Mulheres está cada vez mais sendo ampliado. “A cada evento aumenta o número de sindicatos e de participantes. O que mostra a importância do nosso movimento voltado a promover a luta da mulher metalúrgica contra a violência doméstica e no trabalho, por igualdade de direitos entre gêneros e justiça social”.
Daiane Brígida, enfermeira especialista em saúde da mulher e funcionária da prefeitura de São Caetano do Sul e palestrante, trouxe como tema para o 7º Encontro os cuidados em relação à saúde feminina e à família e ainda diversos outros aspectos sobre o enfrentamento da violência contra as mulheres, além de direitos, incluindo a Lei 11.340/2006, conhecida por “Lei Maria da Penha.
A segunda palestra, tendo como tema “Relação de gênero e o mundo do trabalho”, além de aspectos vários também relacionados à saúde e direitos das mulheres, foi realizada por Carolina Luz e Paula França, funcionárias da empresa General Motors, especializadas em saúde do trabalhador, ergonomia e gestão de pessoas que se revezaram na apresentação seguida de debate.
Ao final foi apresentado documento, espécie de carta-compromisso das organizações sindicais, intitulada “Sindicatos Dizem Não à Violência”, de apoio ao combate à violência e ao assédio contra as mulheres. Documento assinado pelo Cidão, comprometendo-se a tornar bandeiras de luta do sindicato os inúmeros itens em pauta, entre os quais: Tomar posição pública contra todas as formas de violência e assédio contra as mulheres; Condenar todas as atitudes e ações que perpetuam o sexismo e a violência; Organizar campanhas destinadas a prevenir e combater a violência contra as mulheres; e Incluir demandas para a erradicação da violência e do assédio contra as mulheres nas pautas de negociação coletiva dos metalúrgicos.
Rose Prado, diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista, agradeceu ao presidente do Sindicato dos dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul e lembrou a importância da mobilização das mulheres.
“O mês de agosto é o mês Lilás, de combate à violência contra mulheres. Temos que trabalhar juntos, homens e mulheres, para combater qualquer tipo de violência”, disse Rose.
A diretora do Sindicato convidou a todas as mulheres presentes a mobilizar a categoria e trazer mais metalúrgicas para o movimento.
“A gente tem que estar cada vez mais engajadas nessa luta”.
Sindicatos de metalúrgicos presentes ao 7º Encontro Metal Mulheres: São Caetano do Sul; São Paulo e Mogi das Cruzes; Osasco, Guarulhos; Santo André; Jundiaí; Baixada Santista; Cerquilho; Grande Curitiba; São José do Rio Preto; Santa Rita de Sapucaí; Santa Bárbara do Oeste.
Assessoria de Imprensa do Sindicato Met. S. C. do Sul.
Fotos: Jonatas Toledo