Demitidos da Sifco recebem verbas rescisórias
Após um longo período de mobilizações e negociações apoiadas pelo Sindicato, os trabalhadores demitidos da Sifco (atual STJ Forjaria Dana) receberam as verbas rescisórias na manhã desta quarta-feira (7), no auditório da entidade.
A quitação das verbas rescisórias foi possível graças à intervenção do Sindicato, junto com o departamento jurídico, que negociou com a Dana o adiantamento do aluguel devido até dezembro de 2017, para a Sifco. Esse montante foi revertido ao pagamento das verbas rescisórias dos trabalhadores demitidos. Inicialmente, os companheiros demitidos da Sifco tiveram a proposta de pagamento de suas verbas rescisórias parceladas em 30 vezes. A medida não teve a concordância do Sindicato e dos trabalhadores.
O valor total das rescisões foi de R$ 5.331.916,99.
O diretor sindical, Natanael Onofre Matias (Caé), acompanhou de perto as mobilizações dos trabalhadores e as negociações jurídicas. “Saímos dessa negociação com resultado positivo. Seria muito ruim para os trabalhadores o parcelamento dessas verbas, ainda mais sabendo que eles contribuíram tanto com a empresa”, disse.
Josué Gonçalves de Souza, que atuava na Sifco há 12 anos, se sentiu inseguro no início das ações, mas não desanimou e agora está satisfeito. “Me sinto realizado. Lá no começo fiquei um pouco desconfiado, mas fui acompanhando o sindicato e hoje conseguimos”, revelou.
O advogado do Sindicato, Valtencir Piccolo Sombini, ressaltou que o foco agora é antecipar o pagamento da multa de 40% do FGTS. “Há uma proposta de pagamento para o mês de dezembro, pois nesse período a Sifco receberá o saldo da venda para a Dana, mas estamos buscando outras vias para que esse pagamento seja adiantado aos trabalhadores”, explica Sombini.
Segundo o advogado, a ação teve resolução em tempo recorde. “Poderia ter levado meses, pois se trata de uma recuperação judicial, onde o volume de pedidos e discussões é muito grande e envolve muitas partes. Mesmo assim, conseguimos resolver o caso em 20 dias”, comemorou Sombini.
Para o presidente do Sindicato, Eliseu Silva Costa, a ação foi inédita e serve como exemplo de união. “Isso foi resultado de muita união. Os trabalhadores e o Sindicato atuaram de forma íntegra, não tenho dúvidas que isso auxiliou na evolução do processo. Foi algo que até hoje eu nunca tinha visto. Ficará marcado para a história dessa entidade”, declarou Eliseu.