Desmonte dos direitos, Campanha Salarial e compensação de horas pautam assembleia na Thyssenkrupp
Na madrugada desta quinta-feira (14), o Sindicato realizou uma assembleia junto aos trabalhadores do primeiro e segundo turno da Thyssenkrupp, em Campo Limpo Paulista, com o objetivo de mobilizar e conscientizar os trabalhadores sobre a nova lei trabalhista que entrará em vigor no dia 11 de novembro. O ato fez parte de uma ação unificada do Brasil Metalúrgico, movimento que envolve as principais federações e confederações da categoria. Durante a assembleia, os trabalhadores também votaram pela renovação do acordo de compensação de horas atual que, por exigência das leis trabalhistas, deve ser colocado em votação a cada dois anos.
Os sindicalistas também informaram detalhes sobre a assembleia geral da Campanha Salarial 2017, que está marcada para 1 ° de outubro, à s 9h, na Sede do Sindicato.
Para o diretor sindical, Wilson Ribeiro (Med), o voto pela renovação do acordo tem uma dinâmica diferenciada a partir de agora. Segundo Med, a ação também representa a proteção de um direito conquistado que está sob ameaça por conta da Reforma Trabalhista.
“Renovar um texto como esse, que condiz com a realidade produtiva da empresa, é extremamente importante. Ainda mais em um momento onde enfrentamos o desmonte dos direitos dos trabalhadores, então nada melhor do que documentar nossas conquistas para que possamos manter o que é vantajoso para os companheiros”, declarou Med.
Assuntos internos
Além de pautar os acertos de cargos e salários – uma reivindicação antiga dos trabalhadores -, o diretor de base Wellington de Oliveira (Ceará), não deixou de falar do Programa de Participação nos Resultados (PPR). O sindicalista fez um apelo para que a Thyssenkrupp se comprometa a debater com os trabalhadores o assunto. “A empresa contratou novos trabalhadores e sabemos que demora um tempo para que a mão de obra esteja plenamente qualificada, por essa razão alguns setores enfrentam dificuldades para alcançar indicadores. Mas estamos na luta ao lado da comissão para que possamos melhorar nossos índices, pois a empresa está produzindo. Faremos de tudo para garantir dinheiro no bolso do trabalhador, não seria justo a empresa pagar menos aos companheiros sendo que a produção dobrou”, disse Ceará.
Ao lado dos diretores de base Admilson do Nascimento, Ricardo Zanini (Sujinho), Admilson Batagin, Roberto de Souza (Coxinha) e Emerson Luiz Machado (Macarrão), Ceará deu as boas vindas aos mais de 500 recém contratados pela multinacional.
Campanha Salarial 2017
União e conscientização foram as palavras de ordem na assembleia quando o diretor sindical, Luís Carlos de Oliveira (Lú), e o presidente do Sindicato, Eliseu Silva Costa, falaram sobre a Campanha Salarial 2017. No ponto de vista de Lú, o poder de mobilização da classe trabalhadora terá que ser maior do que nos anos anteriores. “Vamos precisar de muita força e determinação para obter avanços na campanha e, também, combater todas as medidas da nova lei trabalhista que ameaçam os trabalhadores. Vale lembrar que em 2018 tem eleições e a Reforma da Previdência também será votada, devemos ficar muito atentos”, declarou.
Para Silva Costa, a Campanha Salarial deste ano será a mais difícil da história do Sindicato. “Essa será a pior campanha que iremos enfrentar. à‰ necessário que os trabalhadores da Thyssenkrupp estejam presentes na assembleia em 1 ° de outubro, precisamos do apoio de uma base politizada como essa. Temos que formalizar uma convenção coletiva sólida, para que possamos garantir os direitos que foram conquistados com muita luta. Contamos com a presença de vocês”, finalizou o presidente.