Dirigente da Intersindical utiliza tribuna livre e fala das reformas trabalhista e da Previdência

Empunhando faixas com dizeres contrários à s reformas trabalhista e da Previdência, o Movimento Intersindical Unificado de Jundiaí e Região, compareceu em peso na Câmara Municipal de Jundiaí, na noite desta terça-feira (11). Representando o Movimento, o presidente do Sindicato dos Bancários, Douglas Yamagata, usou a tribuna livre para apresentar o posicionamento dos sindicalistas frente à s propostas apresentadas pela equipe de Michel Temer. 

Em sua fala, Yamagata  criticou duramente o Projeto de Lei (PL) 4.302/98, que possibilita a terceirização em todas as atividades, aprovado no dia no dia 22/3 na Câmara dos Deputados. “Os terceirizados receberão menos, e não terão acesso à  direitos que estão consolidados no acordo coletivo das categorias. Isso irá destruir a vida profissional dos trabalhadores”, disse. 

O presidente do Sindicato dos Bancários também criticou a prevalência do negociado sobre o legislado, um dos pontos mais polêmicos da Reforma Trabalhista. “Ao meu ver, as reformas devem vir para melhorar e não piorar. Essa proposta permite que os patrões contrate os trabalhadores com direitos abaixo da CLT. O trabalhador poderá perder o 13 ° salário, férias remuneradas, entre outros direitos”, explicou. 

A Reforma da Previdência também foi alvo de Yamagata. ” Essa proposta, do jeito que ela está sendo tratada, irá ceifar o direitos de muitos trabalhadores, principalmente os mais jovens. Atualmente, um trabalhador pode se aposentar com 35 anos de contribuição e uma trabalhadora com 30 anos de contribuição. O governo quer acabar com o tempo de contribuição e, com isso, estabelecer uma idade mínima de 65 anos, independente do gênero. E para se aposentar com essa idade terá que ter no mínimo 25 anos de contribuição, sendo que atualmente são 15 anos de contribuição”. 

No final de sua fala, Yamagata afirmou que, além da necessidade de apurar com transparência as contas da Previdência, a população deve estar atenta e pressionar os nossos representantes políticos.  “à‰ preciso abrir a caixa da Previdência para saber se realmente precisamos de uma reforma, há muitos pontos que precisam ser contabilizados. Lembramos também que, em uma de nossas ações, cobramos um posicionamento do deputado Miguel Haddad e ele votou pela terceirização. Então é necessário nos manifestarmos para que o mesmo não aconteça com a Reforma da Previdência”, finalizou. 

O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Wilson Ribeiro (Med), declarou que o Movimento Intersindical está articulando suas bases na construção da Greve Geral, que acontecerá nas principais capitais e cidades do Brasil, no dia 28/4. “Estamos dialogando com as centrais sindicais e também fazendo trabalhos de conscientização com as bases. Marcar presença na Câmara Municipal e manifestar o nosso posicionamento, foi apenas uma das muitas atividades que estaremos realizando nos próximos dias”, disse. 

 

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