Dirigentes sindicais debatem ações contra as reformas da previdência e trabalhista

Representantes de diversos sindicatos se reuniram na manhã desta quarta-feira (22), na Sede do Sindicato dos Metalúrgicos, com o objetivo de elaborar ações de mobilização contra as principais pautas do governo de Michel Temer: as reformas da previdência e trabalhista.

A intenção dos dirigentes sindicais é transparecer as consequências que as duas propostas poderão trazer para a vida dos trabalhadores e aposentados. Para o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Natanael Onofre Matias (Caé), a base trabalhista deverá ser o foco das ações. “Nós devemos ficar muito atentos, pois esses projetos não terão grandes consequências agora e sim no futuro. Temos que mostrar isso ao trabalhador, temos que estar próximo das comunidades, fazer mobilizações nos bairros da mesma forma como fazemos na porta de fábrica”, disse. 

No ponto de vista dos sindicalistas, a falta de diálogo do governo com os movimentos sociais e de trabalhadores é algo que precisa ser revertido. Douglas Yamagata, presidente do Sindicato dos Bancários, afirma que o Movimento Intersindical Unificado trabalhará focado no debate social. “à‰ necessário um debate amplo e transparente, precisamos inserir essa pauta dentro das faculdades, nas comunidades religiosas. Não podemos perder a oportunidade de colocar em evidência tudo que está acontecendo, não tem nada de reforma, e sim o fim dos direitos”, disse. 

Representando a Associação dos Aposentados e Pensionistas, Fé Juncal, ressaltou que as mobilizações deverão ser intensas e que o diálogo direto com representantes políticos serão extremamente necessários. “Da forma que está sendo colocada essa política de Estado mínimo, a desigualdade irá aumentar ainda mais. Tudo isso é uma afronta ao trabalhador e ao aposentado, temos que lutar para que fique marcado que nós dissemos ‘não’ para tudo isso”. 

O Movimento Intersindical Unificado se reunirá novamente no dia 10/3, no Sindicato Trabalhadores da Construção e Mobiliário de Jundiaí, ação que antecede a paralisação geral dos trabalhadores marcada para o dia 15/3 em todo país. O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Wilson Ribeiro (Med), afirmou que nos próximos dias serão realizados diversos trabalhos junto à  comunidade para tornar o diálogo cada vez mais amplo. “Estaremos presentes no ato do dia 15/3 e queremos o apoio da população. Iremos distribuir materiais pautando as reformas da previdência e trabalhista, precisamos compartilhar conhecimento e lutar juntos contra essas mazelas”, explicou. 

 

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