Foxconn II: Trabalhadores ratificam calendário anual de compensação
Na última quinta-feira (1º), trabalhadores e trabalhadoras da Foxconn II votaram pela continuidade do calendário de jornada de trabalho durante a Copa do Mundo, que terá início em novembro. Por não haver alterações no acordo de jornada, as horas de entretenimento não serão compensadas e nem descontadas dos trabalhadores, já que os mesmos irão acompanhar jogos nas dependências da Foxconn II.
A assembleia ocorreu normalmente com a maioria esmagadora dos trabalhadores votando pela ratificação do calendário original, aprovado em dezembro passado.
“Estamos aqui para decidir junto com o trabalhador o que é melhor. Sabemos a opinião dos trabalhadores e também sabemos que algumas lideranças tentaram influenciar alguns trabalhadores na escolha da proposta. Sempre deixamos claro que temos um calendário aprovado, mas como pautamos pela transparência e democracia, entendemos que o trabalhador sempre decidirá o que é melhor para si. Cada companheiro e cada companheira, democraticamente, deve votar pela proposta que lhe convém. Exercer a democracia sempre foi e sempre será incentivado pelo Sindicato”, enfatizou o diretor base, Leandro Reis, ao lado dos diretores sindicais, Luís Carlos de Oliveira (Lú) e Rose Prado, e dos colegas da base, Wesley Bagnarol, Luciana da Silva, Rosemilda Pereira, Willian Reis e Wellington Oliveira (Ceará).
Campanha Salarial e protagonismo sindical na política
Os sindicalistas aproveitaram a ocasião para convocar os companheiros e as companheiras para as ações da Campanha Salarial 2022. Os representantes dos trabalhadores interligaram a luta sindical por salários e defesa dos direitos com a militância e representatividade trabalhista na política.
“Teremos negociações muito difíceis pela frente, afinal, aumento salarial e garantia de direitos não dependem da bondade dos patrões, mas da luta dos trabalhadores e do Sindicato”, ressaltou a diretora, Rose Prado.
A candidata a Deputada Federal pelo PDT, Monica Veloso, marcou presença na assembleia e reafirmou o seu compromisso com as trabalhadoras e trabalhadores. “Precisamos ter representantes da classe trabalhadora em Brasília, pois a maioria da bancada política é formada por empresários e ruralistas”, disse.
A candidata também argumentou sobre a luta e a representatividade feminina na política. “Além da representatividade da classe trabalhadora, temos que viabilizar a representatividade das mulheres, que serão as responsáveis pelas mudanças em 2023, já que somos a maioria do eleitorado”, ressaltou.