Funcionários da Joyson fazem novo protesto e paralisação em razão dos problemas na cooperativa de crédito
Os companheiros da Joyson fizeram uma paralisação de quatro horas na manhã desta segunda-feira, 6 de novembro, como forma de protesto contra a falta de uma proposta por parte da empresa capaz de solucionar o problema da cooperativa de crédito dos funcionários.
Depois de negociações entre a diretoria da empresa e representantes do Sindicato, os companheiros decidiram dar um prazo até o próximo dia 21 para que a Joyson apresente uma proposta que solucione, de uma vez por todas, a situação da cooperativa de crédito.
Os funcionários do turno da tarde também aprovaram o prazo em assembleia.
É a segunda vez que os funcionários da Joyson fazem uma paralisação de protesto pelo mesmo motivo:a primeira foi em 19 de outubro, quando os primeiros sinais de que havia algo errado com a cooperativa de crédito apareceram.
Os trabalhadores decidiram, então, esperar até o dia 6 de novembro, quando a direção da Joyson deveria apresentar uma solução, o que não aconteceu.
Na manhã desta segunda-feira, o vice-presidente para a América Latina da Joyson Christiano Ruffo Ferreira, conversou com os diretores do Sindicato durante a assembleia, mas não apresentou uma solução. Pediu um prazo até dia 21 para que uma proposta seja apresentada.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista e também da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, Eliseu Silva Costa, cobrou da empresa medidas claras em benefício dos trabalhadores.
O vice-presidente do Sindicato, José Carlos Gomes Cardoso (Mineirinho) lembrou que a empresa também é responsável e que os trabalhadores não podem ser prejudicados por uma gestão desastrosa da Cooperativa.
Caso de Polícia
A cooperativa existe na Joyson há 47 e, segundo relatos dos trabalhadores, foi constatado um rombo de cerca de R$10 milhões nas contas, além do vazamento de dados de muitos funcionários.
A situação ainda não está clara. Foi feito um Boletim de Ocorrência por parte da empresa e muitos trabalhadores fizeram boletins de ocorrência também. Na parte da tarde, policiais civis estiveram na empresa.
Os diretores Vera Maria Cyrino, Roberto Pereira de Souza (Betinho) e Clodoaldo dos Santos Clavico (Gazeta), que trabalham na Joyson, cobraram da empresa uma solução, uma vez que muitos dos funcionários dependem do dinheiro aplicado na Cooperativa para cumprir seus compromissos financeiros.
O diretor André Rubens da Silva (Latino) lamentou a falta de empatia da direção da Joyson para com seus funcionários, “o maior patrimônio da empresa”.
Também participou da assembleia o diretor Lázaro Roberto da Silva (Betão)
FOTOS: Sindicatometal