Líder do PT diz que nova CPMF deve enfrentar resistência no Congresso

Senadores da base aliada que se reuniram com a presidenta Dilma Rousseff e afirmaram que as medidas anunciadas para equilibrar o Orçamento de 2016 precisarão de um trabalho de convencimento para que sejam aprovadas no Congresso Nacional, o que, segundo eles, não deve ser fácil.

De acordo com o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), a criação de um novo tributo nos moldes da antiga CPMF, por meio de uma proposta de emenda à  Constituição (PEC), encontrará resistência.

Durante o encontro, ele disse que defendeu “particularmente” a ideia de aprovar o projeto que repatria o dinheiro enviado ao exterior de forma lícita e não declarado, antes de se discutir o aumento de impostos.

Segundo Costa, a avaliação geral do anúncio das medidas foi positiva, porque havia uma “cobrança forte” do Congresso para que o governo apresentasse soluções para o cenário de déficit no Orçamento previsto para o ano que vem. Acrescentou que os parlamentares poderão apreciar as propostas, concordando, aperfeiçoando, ou apresentando medidas alternativas.

O senador também comentou que, com o projeto, as previsões de arrecadação variam entre R$ 25 bilhões e R$ 100 bilhões, o que “já ajudaria bastante para que também não fà´ssemos obrigados a aprovar alguma coisa que representasse a cobrança de mais impostos”.

Costa destacou que os líderes fizeram um “balanço realista” da dificuldade de aprovação da medida. “Precisaria de um esforço muito grande. Quando o governo está bem, com base social e parlamentar forte, é difícil aprovar uma medida como essa. Imagina num momento como o que estamos passando. Vamos trabalhar, vamos ver.”

 

Durante a reunião, as lideranças  do Senado assinaram o documento entregue por deputados a Dilma, defendendo o mandato da presidenta e criticando movimentos da oposição que trabalham pela saída dela do cargo.

 

(Agência Brasil)

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