Negociação Coletiva 2019: metalúrgicos aprovam pauta de reivindicações
Os metalúrgicos de Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista defenderão as mais de 140 cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), bem como a reposição da inflação – que segue oscilando em torno de 2,56% – e o aumento real durante a Campanha de Negociação Coletiva 2019. A decisão foi tomada durante a Assembleia Geral, realizada na manhã deste domingo (15), na Sede do Sindicato dos Metalúrgicos.
Com o aprofundamento da reforma trabalhista e os intensos debates da reforma da Previdência no Congresso, os sindicalistas buscam firmar uma negociação na qual garanta a integridade dos trabalhadores frente aos desmontes de direitos ocasionados pelas medidas governistas. Para o presidente do Sindicato, Eliseu Silva Costa, o momento é de mobilização e uma profunda reflexão baseada nas conquistas dos trabalhadores metalúrgicos ao longo da história.
“É preciso que todos entendam, principalmente os mais jovens, que as garantias de direitos, reposição salarial e aumento real não são bonificações dos patrões, mas sim fruto de duras negociações e reivindicações dos trabalhadores ao lado do Sindicato”, declarou o presidente.
Seguindo o raciocínio do presidente do Sindicato, o diretor Sindical, Luís Carlos de Oliveira (Lú), deu ênfase à CCT. “A Constituição garante que o salário do trabalhador seja irredutível, mas a mesma não prevê aumento gradativo anualmente, reposição da inflação ou algo do tipo. E mais, A Constituição deixa claro que a remuneração pode ser reduzida por meio da retirada de benefícios como, cesta básica, convênio médico, entre outros. É por essa razão que batemos na tecla da Convenção Coletiva, para poder garantir cláusulas sociais que preservem o mínimo de dignidade para os trabalhadores”, ressaltou.
Sabendo da difícil negociação que será enfrentada e da necessidade de conscientização, a vice-presidente do Sindicato, Rose Prado, fez um apelo aos trabalhadores para que as informações em torno da defesa de direitos sejam difundidas no chão de fábrica. “Os trabalhadores que estão aqui devem nos auxiliar nas fábricas por meio do diálogo direto com os companheiros. O nosso Sindicato está segue presente, porém, quanto mais companheiros difundindo as informações, mais coerente será a nossa mobilização”, ressaltou Rose.
O grupo patronal Sindpeças negociará somente a pauta salarial, pois as cláusulas sociais do grupo têm validade até 2020. Os outros grupos patronais irão negociar salários e cláusulas sociais.
Os diretores sindicais Wilson Ribeiro (Med), Eléscio Caldato, Natanael Onofre Matias (Caé) e José Carlos Cardoso (Mineiro) fizeram breves análises sobre a conjuntura trabalhista.
Agora, a pauta apreciada pelos trabalhadores segue para a Federação dos Metalúrgicos (FEDMETALSP), em São Paulo. De lá, o documento será entregue para os grupos patronais da categoria até 27 de setembro.