NEGOCIAÇÃO COLETIVA 2020: trabalhadores aprovam pauta de reivindicações

Mais de 140 cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), bem como a reposição da inflação – que está oscilando em torno de 2,98% – e o aumento real, serão as pautas defendidas pelos metalúrgicos de Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista durante a Campanha de Negociação Coletiva 2020. Os trabalhadores aprovaram as reivindicações da categoria na manhã deste domingo (20), na Assembleia Geral, realizada no Clube de Campo do Sindicato. A pauta apreciada pelos trabalhadores segue para a Federação dos Metalúrgicos (FEDMETALSP), em São Paulo. De lá, o documento será entregue para os grupos patronais da categoria na próxima quinta-feira (24). 

Os metalúrgicos reivindicam a manutenção da CCT, reposição da inflação e aumento real.

Em meio a recessão econômica, aprofundada pela pandemia, o Sindicato busca assegurar  os direitos conquistados pelos trabalhadores. Para o presidente do Sindicato, Eliseu Silva Costa, a conjuntura trabalhista atual exige mobilização intensa e uma reflexão em torno das conquistas da categoria metalúrgica. 

“Os companheiros estão sentindo na pele os impactos da nova lei trabalhista, que enfraqueceu o poder coletivo da classe trabalhadora. A reforma da previdência está aí para prejudicar ainda mais, dificultado o acesso dos trabalhadores ao direito de se aposentar. Aos poucos, estamos perdendo direitos essenciais que foram conquistados com muita garra pelos companheiros do passado”, declarou o presidente. 

A vice-presidente do Sindicato, Rose Prado, ressaltou a importância da luta sindical relembrando algumas conquistas históricas.   

“Precisamos ter em mente que pautas como, reposição salarial, aumento real, convenção coletiva, cesta básica, convênio médico, entre outras garantias, não são bonificações dos patrões. Essas conquistas nasceram das necessidades e reivindicações dos trabalhadores, que passaram a valer após mobilizações e greves”, disse  Rose. 

O diretor sindical, Luís Carlos de Oliveira (Lú), deu ênfase à união da categoria. “Não podemos abrir mão dos nossos direitos, é somente com a nossa união será possível garanti-los. Não podemos aceitar migalhas, afinal, somos nós que geramos as riquezas. E temos que estar muito atentos, pois se perdermos direitos neste período tão delicado, só reconquistaremos daqui 20 ou 30 anos” avaliou.   

Os diretores sindicais Wilson Ribeiro (Med), Eléscio Caldato e José Carlos Cardoso (Mineiro), fizeram breves análises sobre a conjuntura trabalhista. 

A reunião foi realizada seguindo todos os protocolos de prevenção ao COVID-19. 

 

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