Protagonismo sindical na política é tema de debate na Federação

Com o objetivo de aprofundar o debate político e trabalhista nas fileiras sindicais, a direção da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo (FEDMETALSP) se reuniu com os representantes dos sindicatos filiados na manhã desta terça-feira (15), na sede da entidade. Na ocasião, os sindicalistas debateram sobre a atual conjuntura e representatividade sindical nas eleições. Além disso, também propuseram alternativas de atuação e aprovaram um plano estratégico de atividades sindicais ao lado da base. 

Os sindicalistas aprovaram um plano de atuação política

Diante dos impactos gerados pela reforma trabalhista contra a classe trabalhadora e dos desmandos do governo de Jair Bolsonaro, os sindicalistas estão empenhados em recuperar o protagonismo dentro da política ressaltando a importância da atividade sindical no processo democrático. 

“Não podemos vacilar neste momento. Temos em mente que mudar o presidente não basta, é preciso apoiar candidatos comprometidos com a classe trabalhadora”, disse Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. 

Seguindo a mesma narrativa, o presidente da FEDMETALSP e do Sindicato, Eliseu Silva Costa, argumentou que “é necessário debater sobre política sempre, afinal, tudo passa pela política. Devemos instruir e orientar os trabalhadores neste momento tão complexo”. 

Carlão argumenta que o movimento sindical deve priorizar as ações de politização da classe trabalhadora. 

Cláudio Magrão, secretário-geral da FEDMETALSP, entende que o trabalho das entidades sindicais deverá ser intenso. Para ele, uma eventual reeleição de Jair Bolsonaro trará ainda mais danos para os trabalhadores. “Os sindicatos e os trabalhadores precisam atuar com a intenção de mudar a conjuntura, pois a reeleição de Bolsonaro representa o fim do movimento sindical”, alertou. 

Mônica Veloso destacou que o movimento sindical tem uma oportunidade histórica de mudar o rumo da sociedade. 

Com mais de 30 anos de atuação no movimento sindical, Carlos Augusto (Carlão), diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, ressalta que quanto mais os sindicatos estiverem próximos aos trabalhadores, maior será o poder de representatividade. “O movimento sindical lutou muito para estar aqui. É necessário inserir a classe trabalhadora no debate político. Precisamos de representatividade eleitoral para legitimar as demandas dos trabalhadores em questões como moradia e crescimento econômico”. 

Outra representante sindical muito experiente é Mônica Veloso, vice presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco. Em sua intervenção na reunião ela destacou que o movimento sindical tem uma oportunidade histórica de mudar o rumo da sociedade. “Estamos em um momento que podemos caracterizar como um divisor de águas no movimento sindical. Temos que mostrar qual sociedade queremos. Os sindicatos são peças fundamentais para o funcionamento da democracia. Sendo assim, temos que atuar sempre priorizando a representatividade, pluralidade e a diversidade”.