Reforma da Previdência 2019: a velha política prevalece na Câmara
Para garantir que a Câmara dos Deputados aprovasse em primeiro turno o texto principal da reforma da Previdência, em 10 de julho, o governo de Jair Bolsonaro recorreu à “velha política” que ele tanto criticou durante sua campanha. Dois dias antes da votação, o governo liberou quase R$ 1 bilhão em emendas. No dia da votação, liberou mais um pacote de emendas que somam cerca de R$ 178 milhões. O resultado não poderia ter sido diferente: 379 votos a favor e 131 votos contra.
No ponto de vista do presidente do Sindicato, Eliseu Silva Costa, além das manobras financeiras, a falta de representações trabalhistas no Congresso facilitou a aprovação do texto. “Infelizmente, temos pouquíssimos congressistas que defendem o ponto de vista do trabalhador. Nós temos que tirar uma reflexão sobre isso e nos questionarmos, afinal, quem estamos colocando no poder?”, disse.
E agora? O que acontece?
O Congresso está em recesso e só volta ao 2º turno de votação em 6 de agosto, quando o texto aprovado no 1º turno será votado novamente. Finalizada essa fase, o texto segue para o Senado, onde também será votado, e caso seja aprovado sem mudanças, será promulgado pelo Congresso e se tornará uma emenda à Constituição.