“Dogmática do Sindicalismo Brasileiro” é tema de curso na CNTM
Foi realizado esta semana o curso “Dogmática do Sindicalismo Brasileiro”, promovido pela Confederação Nacional do Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) para 32 advogados sindicais de entidades metalúrgicas filiadas. Ministrado pelo doutor em direito Francisco Gerson Marques de Lima, professor universitário e procurador regional do trabalho, o curso foi realizado na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
O objetivo é fazer com que os advogados das entidades aprofundem a interpretação da Lei 13.467/2017, da Reforma Trabalhista, e intensifiquem o intercâmbio de informações sobre ações sindicais e jurídicas que impeçam os ataques aos direitos da classe trabalhadora.
“Os sindicatos precisam estar estruturados, com departamentos jurídicos afinados no discurso jurídico, conhecendo a estrutura dos órgãos de Justiça do Trabalho e com firmes estratégias de atuação. Pois, com a reforma trabalhista, a luta será ainda mais intensa, principalmente na justiça”, diz Gerson Marques, que alerta para as inúmeras inconstitucionalidades da reforma que podem e devem ser questionadas pelo movimento sindical.
Para o advogado do Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista, Erazê Sutti, será necessário intensificar as ações sindicais na esfera jurídica com o intuito de conscientizar os trabalhadores. “A Reforma Trabalhista prejudica os direitos dos trabalhadores, restringe seu acesso à Justiça e limita sua capacidade de lutar coletivamente e com representatividade. A estratégia jurídica e a união dos trabalhadores nas negociações devem ser as armas para enfrentar esses novos desafios contra a precarização do emprego e das relações de trabalho”, declarou o advogado, que participou do curso juntamente com o diretor sindical Luís Carlos de Oliveira (Lú).
Cristiano Meira, advogado da CNTM, diz que os trabalhadores e a sociedade brasileira em geral terão muitos problemas com as mudanças da reforma Trabalhista. “Sem o movimento sindical os trabalhadores não têm como conquistar melhorias nos ambientes e nas relações de trabalho nem avanços salariais significativos e outros benefícios econà´micos e sociais. E para que a população saiba disso temos que divulgar intensamente o trabalho sindical por meio de nossos veículos de comunicação sindical e redes sociais”, diz Cristiano.
Para o secretário-geral da CNTM, Pedro Celso Rosa, estes cursos de formação permitem mais interação dos departamentos jurídicos e “fortalecem as entidades metalúrgicas no encaminhamento correto de ações na justiça em defesa dos interesses da categoria”.
(Fonte: Imprensa CNTM)
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