Saúde e segurança em primeiro lugar na Semana do Metalúrgico
“Estou impressionada pela estrutura, acolhimento e atendimento. Isto é um privilégio, pois poucas categorias dão essa retaguarda ao trabalhador.” Foi desta forma, reconhecendo o trabalho que é realizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos em defesa dos trabalhadores, que a Dra. Márcia Pereira Dobarro Facci, do Cerest Jundiaí, deu início ao segundo dia de atividades da Semana do Metalúrgicos 2019.
A palestra, realizada na noite de ontem (28), no auditório da entidade, teve como tema “Saúde e Segurança do Trabalho”, e contou também com demonstrativo de dados do departamento de Saúde do Trabalhador do Sindicato, e explicações dos advogados Dr. Erazê Sutti e Dra. Areta da Camara, do jurídico do Sindicato.
“Fazemos, em média, 40 atendimentos mensais, sendo aproximadamente 30 consultas diretas com o médico do trabalho. Temos mais de 135 casos e processos em andamento. E entre as doenças mais comuns estão hérnia de disco, tendinite e bursite”, informou Daiana Sindiouza, técnica de segurança do trabalho do Sindicato.
Segundo o diretor José Carlos Cardoso (Mineiro), a saúde é o bem mais precioso de todo trabalhador. “Por isso nossa preocupação em dar todo apoio aos nossos companheiros e também aos cipeiros nas empresas. É importante todos sabem que aqui, no Sindicato, eles encontram todo suporte e informação para fazer os direitos que zelam pela saúde e qualidade de vida do trabalhador.”
Segundo a avaliação da Dra. Márcia, Cerest e Sindicato precisam andar juntos. “Informação de ocorrências, atas, tudo que gere banco de dados para nós é sempre bem vindo. E os diretores que estão dentro das fábricas podem nos ajudar a fiscalizar esse trabalho”, observa ela. “Temos que fazer de uma ação individual, um benefício para o coletivo. Só assim conseguiremos abranger e melhor o ambiente de trabalho como um todo.”
Em sua fala, Dr. Erazê Sutti falou da importância de se conhecer as NRs, que “tentam” regular o que precisa ser melhorado com participação técnica da medicina e da engenharia. “E não podemos nos esquecer que insalubridade é aquilo que não deveria existir. Isso deveria ser provisório, pois é um dano para a saúde”, alertou ele.
Para encerrar, antes da abrir para as perguntas do público, Dra. Areta falou sobre a operação “Pente Fino” que o INSS está passando, já desde a época do Governo Temer, e prosseguindo agora com o Governo Bolsonaro. “Estamos fazendo revisão e cortes de benefícios por incapacidade. Por isso que a melhor fonte de informação do trabalhador continua sendo o Sindicato. Só assim ele conseguirá ser bem orientado e fazer valer seus direitos.”
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