Senado rejeita nova reforma trabalhista
Em uma derrota do governo e grande vitória para os trabalhadores, o Senado Federal rejeitou na quarta-feira (1º), com 47 votos contrários e 27 votos favoráveis a proposta de uma nova reforma trabalhista, que criaria novos regimes de contratação para jovens e um programa para contratação sem direito a férias, 13º salário e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
A proposta original apenas recriava o programa de redução de jornadas e salários, mas essa proposta também foi rejeitada pelos parlamentares.
Os programas voltados ao primeiro emprego e à qualificação profissional tinham sido inseridos pela Câmara em uma medida provisória, enviada pelo governo em abril, que tratava somente de uma nova rodada do programa de redução de jornada e salário ou suspensão de contrato de trabalho durante a pandemia.
Senadores contrários aos programas dizem que as iniciativas inseridas na Câmara retiravam direitos trabalhistas e precarizavam as relações trabalhistas, além de ser muito ruim para os jovens.
Com exceção do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e do relator, os 30 senadores que discursaram durante o debate da proposta defenderam a rejeição do texto.
“Foi uma vitória muito significativa dos trabalhadores. Neste período de crise econômica, acentuado pela pandemia, a classe vem enfrentando duras ofensivas contra os direitos conquistados. Nós, sindicalistas, não vamos permitir que ações desse tipo sejam impostas de forma severa e na calada da noite. A nossa luta em defesa dos trabalhadores vai continuar e nós faremos o possível para enfrentar esse momento tão complexo”, declarou o presidente do Sindicato, Eliseu Silva Costa.
Foto de abertura: Agência Brasil / Brasília