Sindicalistas debatem sobre os novos desafios da categoria
Com intenção criar de novas alternativas de atuação na base trabalhista, representantes dos 53 sindicatos filiados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo (FEDMETALSP) participaram de uma reunião estratégica na Sede da entidade, na manhã desta terça-feira (19), na capital. Entre os diversos temas debatidos, os sindicalistas deram ênfase à defesa da estrutura sindical e a mobilização em torno da reforma da Previdência.
Para os sindicalistas, a conjuntura pós-reforma Trabalhista vem inviabilizando os trabalhos do movimento sindical e, consequentemente, enfraquecendo a capacidade de organização dos trabalhadores. A MP 873/2019, que obriga os sindicatos a emitirem boleto de pagamento para contribuição, foi duramente criticada. O presidente da FEDMETALSP e do Sindicato, Eliseu Silva Costa, entende que a medida é inconstitucional e inviabiliza ainda mais a relação entre trabalhador e sindicato.
“O governo está intervindo em uma esfera que só envolve os sindicatos e as empresas. à‰ evidente que o objetivo é um só, dificultar o acesso do trabalhador à entidade que garante a sua defesa. Com isso, aprovam a reforma da Previdência sem se preocupar com a mobilização dos trabalhadores ” analisa Eliseu.
Para enfrentar este período, os sindicalistas propõem uma renovação no modo de atuação. Na visão de Cláudio Magrão, secretário geral da FEDMETALSP, é preciso aproveitar o momento de incertezas para apresentar ideias e mobilizar os trabalhadores em torna das pautas governamentais que afetam a integridade dos mesmos. “Vejamos o exemplo do carnaval, a população foi para a ruas e, por livre e espontânea vontade, criticou o governo atual. Temos que aproveitar este momento e dialogar com as massas”, explicou.
Reforma da Previdência
Nesta sexta-feira (22), em várias cidades do Brasil haverá atos, manifestações e assembleias no que foi chamado de dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência.
Os sindicalistas defendem que é necessário mais transparência e abertura de diálogo com setores trabalhistas e sociais sobre a reforma da Previdência. “A nossa recomendação é que os sindicatos façam o seu papel de marcar presença nas fábricas de suas bases, nesta sexta-feira. Quanto mais ações tivermos, tanto no interior quanto na capital, melhor será o nosso poder de mobilização e enfrentamento”, finaliza o presidente Eliseu.