Venda de parte dos ativos da Takata não afetará a unidade de Jundiaí
O acordo de venda de parte dos ativos do grupo japonês Takata para a empresa americana Key Safety Systems (KSS), anunciado no dia 26/06, não afetará negativamente a unidade da Takata, instalada em Jundiaí. A informação foi dada pelo presidente da Takata América do Sul, Airton Evangelista, durante reunião realizada na empresa com os diretores sindicais César Augusto Camargo (Cesinha) e Roberto Pereira de Souza (Betinho).
Evangelista também reforçou que as atividades continuarão normalmente e garantiu que nenhum direito ou benefício dos trabalhadores serão afetados.
“Estamos em um bom momento. A nossa planta está bem equipada, há empregabilidade, continuamos com os nossos investimentos e somos competitivos. O que temos que fazer é continuar garantido a qualidade do nosso produto”, afirmou o presidente.
Assim como em Jundiaí, as unidades da Takata em Piçarras (SC) e Mateus Leme (MG), também não serão afetadas.
A KSS, empresa que atua basicamente no mesmo seguimento (autopeças) da Takata, deverá desembolsar cerca US$ 1,6 bilhão para adquirir ativos da multinacional japonesa. Para Evangelista, o momento de transição trará novas oportunidades.
“A situação que vivemos nessa transição é melhor do que aquela que passamos anteriormente com a Petri. A nossa saúde financeira está em 100%, temos totais condições de honrar os nossos compromissos com clientes e fornecedores. E com a chegada da KSS, a tendência é ampliar os negócios”, comentou o presidente.
Para Cesinha, que é representante do Sindicato e trabalha na Takata há 19 anos, a reunião serviu para esclarecer que a empresa continua atuante no mercado e que o diálogo aberto com os trabalhadores é a melhor alternativa para evitar boatos sobre o caso.
“É muito importante para nós, trabalhadores, que a direção da empresa esteja alinhada com a transparência e esclarecendo a real situação da fusão entre Takata e KSS. Isso dá uma tranquilidade maior para todos, considerando a real situação econômica pela qual o nosso país está passando”, explicou o diretor de base.
Entenda o Caso
Em 16/6, em matéria publicada no O Globo, uma fonte próxima à Takata Corp informou que a fabricante de airbags iria declarar falência na semana seguinte. Segundo a matéria, a fonte comunicou que a empresa iria primeiramente pedir falência em seu país de origem, e depois sua subsidiária americana.
Veja o comunicado oficial divulgado pela empresa: